Agentes da delegacia pública de Camacan e outras circunscricionais da região Sul da Bahia, continuam fazendo o papel de agentes carcerários das respectivas cadeias públicas, contrariando assim as diretrizes do sindicato dos policiais civis da Bahia (Acadepol). O sindicato da classe, tem feitos campanhas, e luta incessantemente para seus agentes não fazerem o papel que deveria ser exclusivo das penitenciárias, mas esbarram na pouca importância oferecida pelo judiciário e continuam no plantão tomando conta de presos, como se carcereiros ou penitenciários fossem. Sendo assim, os policiais não podem sair mais para diligenciar e investigar os crimes ocorridos a exemplo do crescente tráfico de drogas, os assaltos e outras atrocidades cometidas pelos bandidos.
O Estado por sua vez seria obrigado a contratar este tipo de serviço, o que geraria ônus para os cofres do Executivo, além disso, a Categoria salienta que os Policiais não são preparados para realizarem a atividade de Agentes Penitenciários, ocorrendo verdadeiro desvio de função e conseqüente retardo da atividade precípua da Polícia Judiciária, qual seja, investigar, outrossim, que não recebem ao menos um “plus” em sua remuneração, a título de insalubridade, benefício este pago aos Agentes Penitenciários de outros Estados da Federação.
Muitas destas cadeias, a exemplo da cidade de Camacan, estão sem a miníma condição de abrigar os detentos, por causa do seu péssimo estado de conservação, em instalações paupérrima, onde os policiais e os próprios presos, vivem em condições degranantes e sub-humanas. Esta realidade pode ser conferida no interior das celas, onde os presos são colocados enjaulados como se fossem verdadeiros animais, onde o governo parece fazer vistas grossas para a calamidade instalada nas cadeias públicas do interior baiano.
O resumo desta nota é: “Agentes civis voltaram ser carcereiros” e como tais, estão praticamente de mãos atadas porque se os policiais começam adotar sua verdadeira tarefa que é o da investigação, correm sérios riscos dos presos fugirem pela porta da frente como já aconteceu e eles serem responsabilizados por negligência, podendo até sofrer as penalidades da lei e até mesmo perder o emprego e esta é a realidade vivida pelos policiais civis de Camacan.