A II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Munícipio de Camacã deixou o público satisfeito com a iniciativa da Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Secretaria de Saúde, Secretaria de Educação e o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMPEDE). O evento, que aconteceu na última quarta-feira (25), no auditório do Colégio Municipal Luciano Santana, teve como tema “Um olhar através da convenção da ONU sobre os direitos da pessoa com deficiência: novas perspectivas e desafios”.
Durante o turno da manhã, três palestras foram ministradas por ativistas de diferentes instituições: Ângela Góes, historiadora, pós-graduada em Direito Público e Direito Penal, e ativista do Movimento das Pessoas com Deficiência de Itabuna; a psicóloga Kelly Goes, pós-graduada em Saúde Mental e membro do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Itabuna; por último, Evangel Vale, representante do Conselho Naional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CONAD).
O aspecto mais relevantes levantado pelos palestrantes foi a necessidade de mudança do olhar da população para com o deficiente, tantas vezes vistos como vítimas ou coitados na sociedade atual, ainda bastante discriminatória e onde os direitos destas pessoas ainda não são atendidos como deveriam. A luta destes ativistas é pela equidade de oportunidades e a garantia dos direitos fundamentais de trabalho, saúde, justiça, proteção social, educação e cultura para os deficientes.
Iniciativas em Camacã
Camacã ainda tem fortes desafios a enfrentar em relação às políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência, mas alguns avanços também ja foram conquistados. A começar pela realização da conferência que, no discurso da vereadora Maria Helena Guimarães, “a iniciativa mostra que Camacã está saindo na frente de muitos munícipios que ainda não estão atentos aos direitos das pessoas com deficiência”, afirma.
Também já foi criado na cidade o COMPEDE, que discute, estabelece diretrizes e fiscaliza ações voltadas para este público. Segundo a presidente do conselho, Fabiani Stolze, um passo largo está sendo dado neste momento em Camacã, onde será autorizado, dentro de poucos meses, o passe-livre no transporte público municipal para as pessoas com deficiência cadastradas no CRAS.
Na área educacional também houveram alguns avanços. Já existem salas de aula onde crianças com deficiência estudam junto com os demais alunos, numa perspectiva de promoção da inclusão social. Além disso, dois intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) trabalham com a linguagem dos gestos nos colégios Luciano Santana e Polivalente, com o objetivo de favorecer o ensino de pessoas com deficiência auditiva. Um grupo de professores também estão em fase de conclusão de um curso de LIBRAS oferecido no município.
A dona de casa Marlene Pereira, cujo filho apresenta lesão no cérebro e precisa de assistência fisioterapêutica e medicamentosa, esteve presente na conferência. Ela declarou que “não tenho o que reclamar da Saúde do municipio”. O paciente é levado todo mês para o hospital Sarah de Salvador, referência em reabilitação no país. Além disso, a farmácia da prefeitura concede os medicamentos que ele precisa tomar todos os dias.
A II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência foi uma oportunidade importante para a discussão do que já está sendo feito no municipio e para a orientação de novas diretrizes estabelecidas pelos grupos temáticos que foram formados no turno da tarde.
Ascom - Prefeitura Municipal de Camacã