Manifestantes fizeram segundo protesto contra reajuste da tarifa em Itabuna (Foto Pimenta).
Manifestantes param em frente à sede dos Comerciários e protestam (Foto Pimenta).
Estudantes secundaristas e universitários participaram do segundo protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em Itabuna. A manifestação de hoje foi encerrada na Praça Adami, quando os estudantes decidiram que vão fazer outro ato e tentar audiência para a próxima sexta (21), às 9h, com o prefeito Claudevane Leite (Vane do Renascer). A manifestação reuniu mais de 200 pessoas.
Durante o percurso na Avenida do Cinquentenário, os manifestantes interditaram o cruzamento com a Rua Alício de Queiroz e Praça Camacã e protestaram contra o Sindicato dos Comerciários de Itabuna.
Os representantes dos comerciários, sindicato ligado ao PCdoB, votaram favoráveis ao reajuste da passagem de R$ 2,20 para R$ 2,50. “Rabo preso, rabo preso” era o que gritavam os manifestantes, após vaiar cada entidade que votou favorável ao aumento da passagem no Conselho de Transporte de Itabuna, dentre elas o Sindicato dos Rodoviários de Itabuna e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Estudante exibe cartaz com pedido ao prefeito (Foto Pimenta).
Com palavras de ordem como “Pula sai do chão/é o roubo do busão” e “Se a passagem aumentar/Itabuna vai parar”, os manifestantes seguiram pela Avenida do Cinquentenário e encerraram o ato na Praça Adami. Cartazes pediam passe-livre e que o prefeito não conceda o reajuste.
Na Praça Adami, representantes de entidades criticaram a possibilidade de aumento. Luadson Sales, representante do Coletivo Fiscal Grapiúna, disse que o reajuste fará com que cada usuário gaste R$ 150,00 por mês com passagem. “É pegar ônibus para trabalhar ou trabalhar para pegar ônibus?”, questionou.
Luiz Fernandes, do Sindicacau, disse que as empresas em Itabuna “prestam serviço de péssima qualidade e o município tem transporte público com o quilômetro entre os mais caros do país”.
Representante do Diretório Central dos Estudantes da Uesc (DCE-Uesc) no Conselho de Transporte, Robenilson Sena Torres, defende a quebra de monopólio e disse que no colegiado que define a tarifa quase todo mundo “tem rabo preso com eles [as empresas]“.
As empresas alegam que o sistema não tem reajuste há dois anos. O prefeito Claudevane Leite sinalizou com a possibilidade de conceder reajuste menor que o autorizado pelo Conselho de Transportes. Vane fala em reajustar para R$ 2,40.