Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
Duas semanas após o princípio da paralisação dos professores da rede estadual de ensino, a categoria – insatisfeita com a aprovação de dois projetos de leienviados pelo Executivo à Assembleia Legislativa da Bahia –, resolveu não voltar às salas de aula. Os educadores, liderados pelo seu sindicato, a APLB, não recuaram mesmo com o decreto de ilegalidade da greve e com a ameaça de corte de ponto dos que se ausentaram dos postos de trabalho nos últimos 15 dias. Depois de o secretário estadual de Educação, Osvaldo Barreto, clamar pelo retorno dos docentes, sob a alegação de “prejuízo” aos cerca de 1,2 milhão de estudantes, o titular da Comunicação, Robinson Almeida, assegurou, em entrevista ao Bahia Notícias, manter o diálogo com a categoria se a exigência for cumprida. “A regra do governo continua a mesma: retornem ao trabalho que o diálogo vai continuar”, prometeu. Na sua convocação, o secretário deixou claro, entretanto, que há pouco o que avançar nas negociações. “O meu pedido é de uma convocação de retorno às aulas, visto que o projeto aprovado atende ao cumprimento do piso nacional. Há uma ilegalidade determinada pela Justiça e um prejuízo ainda maior aos estudantes que estão sem aulas há duas semanas”, salientou. A classe requeria um aumento automático de 22,22% nos seus vencimentos, o que, de acordo com o governo, é impossível conceder, devido ao risco de atingir o limite prudencial e ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).