Foto: Reprodução/TV Santa Cruz |
População em frente à casa do presidente da Câmara |
Os vereadores são suspeitos de receber propina do empresário detido para aprovar um projeto que criaria um loteamento no distrito de Tabatã, pertencente à Mucuri. Cada vereador teria recebido R$ 25 mil ou um lote e R$ 5 mil. "Durante as prisões, a população local se reuniu nas residências e deu início a um princípio de tumulto. Isso mostra a grande repercussão do caso na sociedade", comenta o promotor.
De acordo com o MP-BA, os empresários pagam "vultosas quantias" e doam bens aos vereadores, em troca de aprovação de projetos de leis de interesse do setor urbanístico, sem considerar questões de interesse público.
A investigação foi iniciada na segunda-feira (19), após denúncia realizada pelo vereador Manoel Cruz, que entregou ao Ministério Público a quantia recebida como prova do esquema. Na representação, o vereador protocolou um maço de R$ 5 mil em notas de R$ 100, a prova do recebimento do lote, além de gravações.
Foto: Reprodução/TV Santa Cruz |
Esquema foi desmontado após denúncia do vereador |
Até o momento foram apreendidos, através de dez equipes, dinheiro, cheques, movimentação financeira como extratos, atos da Câmara, a exemplo de votações em sessões plenárias, armas e munições. Na casa do presidente da Câmara, a polícia encontrou R$ 20 mil. O próximo passo, segundo o promotor, é analisar os documentos apreendidos e individualizar a participação, até para identificar se existem outras pessoas envolvidas no crime.
A operação foi executada por mais de 50 agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), pela Companhia de Ações Especiais em Mata Atlântica (Caema) e homens da Polícia Civil.