SÃO PAULO - Após 17 dias de greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) decidiu dar o braço a torcer e enfim chamou os bancários para negociar. Uma reunião está marcada para às 16 horas desta quinta-feira (13).
Ao todo, mais de 9 mil agências bancárias estão fechadas em todo o país. A greve, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos, foi deflagrada depois que as assembleias dos sindicatos rejeitaram a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban, que significa apenas 0,56% de aumento real.
Os bancários reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação do período), valorização do piso, maior participação nos lucros e resultados, mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas e combate ao assédio moral, entre outros pleitos.
Conforme pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o piso salarial da categoria no Brasil é equivalente a US$ 735, mais baixo que o dos uruguaios (US$ 1.039) e quase a metade do valor recebido pelos argentinos (US$ 1.432).