8 de fev. de 2012

Com greve policial, registro de homicídios na Bahia cresce 132% em uma semana

Em sete dias de greve dos policias militares na Bahia, o número de homicídios registrados na região metropolitana de Salvador subiu132%, se comparado à semana anterior à paralisação. 
De acordo com informações divulgadas nos boletins diários da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), do dia 1º ao dia 7 de fevereiro, 128 pessoas foram assassinadas na região --a greve começou no fim do dia 31. Na semana anterior, entre 25 e 31 de janeiro, foram registrados 55 homicídios. A Secretaria de Comunicação do governo estadual informou que o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, não vai comentar os dados.
O levantamento foi feito por volta do meio-dia desta quarta-feira (8), e os números ainda podem ser atualizados. No período de greve, o dia mais violento em número de mortes foi sexta-feira (3), com 32 homicídios registrados. Uma das vítimas foi o percussionista da banda Olodum, Denilton Souza Cerqueira, 34, morto a tiros na porta de casa durante a madrugada do dia 3, no bairro periférico da Mata Escura. Dois homens armados, em uma motocicleta, teriam abordado o músico e feito os disparos.
Hoje, a SSP-BA informou que um policial foi morto na noite de ontem (7): o soldado Elenildo dos Santos Costa, 34, morreu a tiros quando saía de uma pizzaria no bairro de São Rafael, próximo ao CAB. Ele teria sido reconhecido como PM pelos criminosos, durante uma tentativa de assalto. Segundo o UOL apurou, o policial assassinado era um dos grevistas e teria deixado o prédio da Assembleia para comprar pizza. A SSP não confirma.
Outros dois policiais também foram mortos durante o período de greve. Na noite da segunda-feira (6), o policial rodoviário Carlos Luiz Leal de Souza foi morto com dois tiros em frente à Universidade Estadual da Bahia, em Camaçari (Grande Salvador). No sábado (4), o policial civil João Carvalho Filho morreu na avenida ACM, em Salvador, por dois homens armados que dispararam mais de dez vezes contra a vítima.
Durante a paralisação, estabelecimentos comerciais também registraram saques e arrastões. Para se proteger, alguns comerciantes da capital formaram uma "rede de informações": em caso de ocorrência de assalto em algum bairro, os donos de loja ligam imediatamente para amigos nos bairros vizinhos e todos baixam as portas.
Também foram canceladas aulas nas redes pública e privada, assim como shows e espetáculos culturais. Os Estados Unidos chegaram a recomendar aos norte-americanos que adiem viagens "não essenciais" ao Estado.
Fonte:Uol.com
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