11 de jan. de 2012

Prefeito de Itabela não cumpre acordo e MST protesta

ITABELA - 400 famílias do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) acamparam em frente à prefeitura de Itabela nesta terça-feira (10). O protesto, que durou quase oito horas, foi para pressionar o prefeito Osvaldo Caribé (PMDB) a resolver problemas na área de Educação enfrentados nos assentamentos e acampamentos do município.

'As prefeituras que não estão cumprindo pelo menos 70% da pauta entregue no ano passado estão sendo ocupadas no interior da Bahia. A de Itabela não realizou nem 30% do que prometeu', afirmou Vilma Mesquita, uma das líderes do movimento.

Ainda de acordo com ela, ninguém na prefeitura quis receber os sem terra. 'A prefeitura está fechada. Procuramos saber se é feriado, claro que não', frisa.

O mês de janeiro foi escolhido por anteceder o início das aulas. 'Os assentamentos de três anos não têm escola. As crianças estudam nas casas dos companheiros. Às vezes, as casas não têm nem piso', afirma Vilma.

Ainda de acordo com ela, os problemas não se resumem apenas à Educação. 'Outros locais não têm, sequer, posto de saúde. Os médicos não vêm. É um direito nosso. Conquistamos a terra e queremos que as autoridades cumpram seus compromissos', completou.
Foto: Hugo Santos | RADAR64 
Protesto foi encerrado por volta das 16, depois de promessa do prefeito Osvaldo Caribé
Os sem terra só encerraram a manifestação por volta das 16h, depois que o prefeito Caribé resolveu receber uma comissão para discutir as reivindicações do movimento.

'O prefeito chamou para negociar. Fechou o processo de negociação. Espero que ele cumpra e não faça como da outra vez. Se ele não começar a executar o que prometeu, em março voltaremos e vamos ocupar a prefeitura', afirmou o coordenador do MST no sul na Bahia, Evanildo Costa.

Além de Itabela, o MST ocupou, nesta terça, a prefeituras de Prado, Camamu, Igrapiúna, Rodelas e Queimadas. Evanildo Costa lembrou que o objetivo é ocupar entre 20 e 30 prefeituras até o dia 20 de janeiro.

Os integrantes do MST também reclamam que alguns postos de saúde de assentamentos estão desativados, outras estão sem remédios e sem assistência médica e as estradas estão precárias.
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